Era uma vez uma menina de olhos
cor de mel, cabelos castanhos claros que também terminavam na cor mel, nariz
fino, com profundas olheiras, que chamavam atenção. Suas olheiras fundas
contrastavam com a doce pureza do seu olhar, um olhar penetrante, que sempre
soube expressar o que lhe vinha na alma.
Teve uma infância, até os sete
anos, normal. Bonita que era, sempre foi paparicada, reverenciada até,
protegida por muitos que lhe admiravam a beleza, a vivacidade, a pureza
misturada com uma rebeldia, que em si, realmente, era nata.
A menina bonita cresceu, passou
algumas dificuldades, nada que não fosse transpassado, seja por força da
própria vida, seja pela intervenção de outrem, seja pelo seu próprio destino, o
fato é que a menina ultrapassou as adversidades, aliás, continua a
ultrapassá-las, bem ou mal, e segue
adiante.
Mas a menina não poupou os seus
sonhos, nos seus piores momentos, nunca, mas nunca mesmo deixou de sonhar.
Numa determinada época da
vida sonhou em ser aeromoça, mas, quando
foi candidatar-se ao cargo, não
pode inscrever-se, porque era menor, e a companhia à época, a VARIG, não permitiu; somente o faria se os pais autorizassem. Ela tinha a consciência plena de que os pais não o fariam, e, portanto, nem cogitou esta possibilidade: a de pedir aos pais esta autorização, embora lha deram para casar. Coisas da vida que o ser humano faz e que não condiz com atos outros. Todavia, esta primeira derrota não a desanimou, ela queria conhecer o mundo, queria viajar. Sempre gostou de história e achava que se fosse em lugares que apareciam nos seus livros, centros d poder do passado, ela viveria a história de uma maneira diferente. Seguiu sempre com este pensamento, fez direito, mas o sonho das viagens continuou, embora interrompido pelas responsabilidades que assumiu com a maternidade.
pode inscrever-se, porque era menor, e a companhia à época, a VARIG, não permitiu; somente o faria se os pais autorizassem. Ela tinha a consciência plena de que os pais não o fariam, e, portanto, nem cogitou esta possibilidade: a de pedir aos pais esta autorização, embora lha deram para casar. Coisas da vida que o ser humano faz e que não condiz com atos outros. Todavia, esta primeira derrota não a desanimou, ela queria conhecer o mundo, queria viajar. Sempre gostou de história e achava que se fosse em lugares que apareciam nos seus livros, centros d poder do passado, ela viveria a história de uma maneira diferente. Seguiu sempre com este pensamento, fez direito, mas o sonho das viagens continuou, embora interrompido pelas responsabilidades que assumiu com a maternidade.
Viajou pelo Brasil em algumas
oportunidades, mas ela queria sempre mais. Os seus sonhos foram crescendo à
medida que o seu poder aquisitivo melhorava. Nunca sonhou com o impossível,
talvez por isso mesmo, um a um, os sonhos foram se tornando realidade.
Entretanto, um dos seus grandes
sonhos estava se afastando dela. Sonhou com ele aos trinta, aos quarenta, aos
cinquenta, e, acreditem vocês, somente o realizou aos sessenta, mas nunca é
tarde, e por isso mesmo, ele foi realizando de uma maneira intensa.
Pois é, a menina esteve em Veneza e na Grécia, dois destinos, dois sonhos acalentados
durante muito tempo, e o que parecia quase impossível, na companhia de quem
queria estar. Realizaria o sonho de qualquer maneira, sozinha ou não, mas tinha
a certeza que o faria, e fez, em grande estilo, ao menos para ela.
A Praça estava completamente
cheia de gente, o que impedia que tudo ali fosse visto como deveria ser, não
conseguia, sequer, tirar boas foto, as cabeças e a quantidade de máquinas competindo
não lhe faziam bem. Resolveu entrar no Palácio. Parava diante de tudo, das pinturas, das
esculturas, dos tapetes, dos mármores. Em momentos ficava imaginando como seria
a vida dentro daquele local.
Saiu dali, andou a não mais poder
por Veneza, um sonho, caro, mas um sonho realizado, e com a perspectiva de mais
um, este aconteceria nos próximos dias.

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