Acabo de perder o começo do texto
que estava escrevendo, certamente não será reproduzido, não vou lembrar dele
todo como estava, mas o fato é que estava falando que acordei muito cedo e que,
ao desligar o ar condicionado, ouvia o barulho de água caindo, ao puxar a cortina
da janela via a chuva caindo forte mesmo, o que me impedia de dar a
minha caminhada matinal, foi onde parei e agora tentar continuar com o que comecei.
Não sei se estou alegre ou
triste. Se, por um lado, tenho a alegria de olhar através da janela e ver a
rede, as minhas plantas, a minha pequena pimenteira, que mais parece uma árvore
de natal em miniatura, porque ela está salpicada de frutinhas vermelhas e
verdes, tão pequenina e já produzindo tanto. Gosto efetivamente disto, de olhar
pela janela a vida acontecendo, por outro lado, entretanto, fico triste,
porque, ao contrário do que dizem da velhice, que ela traz muita paz e muita
compreensão, resignação, sei lá mais o que, eu não consigo alcançar este nirvana, aliás, penso
que tudo isto é muito falso. Agora tenho mais pressa de que antes, quero fazer
muita coisa que ainda estão por fazer, e que tenho receio de que o tempo seja
muito curto para executar os meus planos.
O tempo passa depressa, ele só
não acaba com a minhas dívidas kkkkk, que parecem se reproduzir com o passar do
tempo, até por causa disto tenho pressa, se nada acontecer daqui para frente não
sei bem o que fazer. A chuva engrossa lá fora, a pimenteirazinha balança, a
chuva forte faz com que as folhas e os frutos balancem. O balançar dos frutos
faz um reflexo que efetivamente me lembra as bolas natalinas nas árvores de
natal.
Volto ao meu raciocínio,
entretanto, não quero me dispersar. ‘Quero acabar a série de Garcia D´Ávila,
quero publicar ao menos um livro desta série. Acho que vou escrever história
conversando com o Senhor da Torre até o dia da minha morte, e enquanto a
artrose não tomar conta dos meus dedos. Vejo que, apesar de estar muito próxima
do desfecho do senhor Garcia, pois estava fazendo um texto que se reportava a 1609,
ano da morte dele, ele jamais irá desaparecer, porque ele agora é eterno. Espíritos
são imortais, daí posso falar com ele
até a minha morte física, porque ainda tenho a possibilidade de, na eternidade encontra-lo
e, quem sabe, reencarnada em alguma escritora-historiadora, eternize a mim e a
ele. Pretensão da porra! Entretanto, a tenho.
Sim, tenho pressa: quero aprender
a usar a overlock, presente de Carlos, possivelmente para me deixar ocupada 24 horas,e fazer inúmeras roupas, mesmo que seja para não usá-las, porque não terei tempo, mas posso doa-las a alguém além de me exibir,kkkkkkkkkkk, pois recebo muitos
elogios, acho que gosto disto, embora 50 por cento do sucesso seja de Dora, a
minha pró e dos estampados das roupas.
Acreditem se quiserem, queria muito, ou melhor quero, fazer com que as pessoas gostem de história e adorem o conhecimento. Como é fantástico conhecer, saber! Apesar de saber que nada sei, como disse Sócrates, o conhecer nunca é demais, e, ainda que alguns achem que é bobagem o que faço com relação a História da Bahia, vou continuar escrevendo e tentando que as pessoas saibam do que possivelmente aconteceu na nossa Bahia colonial, tão esquecida pelos livros de história(os da escola- didáticos) É uma história que não se aprende na escola, nem mesmo quem, como eu, fez a licenciatura em história toma conhecimento de alguns fatos, personagens relevantes para o conhecimento e entendimento do nosso passado. Não dá tempo, no curso, aprender tantos detalhes que passam desapercebidos.
Acreditem se quiserem, queria muito, ou melhor quero, fazer com que as pessoas gostem de história e adorem o conhecimento. Como é fantástico conhecer, saber! Apesar de saber que nada sei, como disse Sócrates, o conhecer nunca é demais, e, ainda que alguns achem que é bobagem o que faço com relação a História da Bahia, vou continuar escrevendo e tentando que as pessoas saibam do que possivelmente aconteceu na nossa Bahia colonial, tão esquecida pelos livros de história(os da escola- didáticos) É uma história que não se aprende na escola, nem mesmo quem, como eu, fez a licenciatura em história toma conhecimento de alguns fatos, personagens relevantes para o conhecimento e entendimento do nosso passado. Não dá tempo, no curso, aprender tantos detalhes que passam desapercebidos.
Preciso, pois de tempo, e ele
passa rápido. Quero ajudar, fazer o bem.
Sou bem materialista e sempre a estar dando alguma coisa a alguém(dinheiro)
bens materiais, mas já descobri que não é só isto, aliás, descobri não: sei,
entretanto, para poder fazer este tipo de bem, o espiritual, tenho de me preparar mais, tenho de me
conhecer mais para poder conhecer o outro. Por enquanto fico triste, porque vejo a necessidade material do
outro e nada posso fazer, já fiz tanto que entrei numa barafunda financeira da
porra, mas continuo me afundando mais,
porque as vezes uma casa pode cair, uma pessoa pode morrer de fome, outra pode
ter um infarto, por falta de bem material que eu, podendo ou não, tenho mais
condições de arrumar, ainda que me endividando; e, quando penso nisto, aí é que
vejo que preciso de correr mais, de arrumar alguma maneira de aumentar a minha renda. Se é para dividir
mais, não tem problema, o que não quero é deixar nada para ninguém pagar. (Fábio),kkkkkk,
se eu deixar sei que ele vai ficar muito puto.
A chuva continua, não posso fazer
a minha caminhada matinal. A falta desta caminhada, com certeza, vai me fazer
mal, o meu corpo está tão acostumado que ele passará todo o dia me cobrando
este exercício. Penso: hoje não vou ver as minhas amigas domésticas: ah como é
bom dar um bom dia para elas e vê-las sorrir. Sim, é muito bom. Será que isto é
ajudar alguém? Deve ser, porque elas
realmente abrem um belo sorriso ao responder o bom dia. Acreditem, passei
alguns dias viajando e uma delas, a que mais demonstra o prazer de falar comigo,
me disse: “estava sentindo a sua falta, o que
aconteceu? Descobri que faço falta, que aquele meu bom
dia é importante para elas.
Há também o lixeiro, acho ele
muito preguiçoso, pois sempre está sentado com a picaretinha na mão, certamente
sempre avaliando o trabalho que vai ter durante todo o dia. Olho para ele todos
os dias da mesma maneira, mas não posso
deixar de pensar na preguiça, que eu também teria para executar aquela tarefa, pois
quando vejo a quantidade de folhas no chão, a quantidade de mato que enraíza pelos
paralelepípedos da rua e que tem de ser retirados, ah sim: teria mesmo preguiça!
A chuva aumenta mais, a
pimenteirinha continua a balançar, mas ela é forte e não vai acontecer nada,
quando a chuva passar ela vai estar mais bonita, mais viçosa, o que adoraria
que acontecesse comigo, mas o tempo é impiedoso, se ele serve para permitir as
nossas realizações, também serve para cobrar
um pedágio alto pela sua passagem e como parece que não paguei em
dia tal pedágio, impiedosamente ele se
mostra, nos olhos, nos dentes, nas juntas, mas eu sigo tentando aprender a fazer o bem, a dividir
conhecimento, a tentar ajudar as pessoas, conservando sempre a minha
autenticidade e ouvindo Cazuza para perceber e aceitar que o TEMPO NÃO PARA.