sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O que aconteceu Maria Rosa?

Maria Rosa era a quinta filha de seu Alencar e Dona Virgínia. Os seus primeiros quatro irmãos eram homens, ela era a caçula e mulher, poderíamos dizer, o dengo da família. Enquanto pequenina, era ótimo estar cercada do amor e dos cuidados dos pais e de seus quatro irmãos, mas, quando fez doze anos, toda esta proteção começou a incomodá-la,  e muito.
Maria Rosa nunca saiu sozinha. Não tinha amigas, não ia á casa de ninguém. Festa na escola só se acompanhada de mãe e irmãos, se todos não podiam ir, um, com certeza, acharia tempo para acompanhá-la aonde quer que fosse.
Maria Rosa cresceu protegida. Sem opções, todos decidiam por ela, de pais a irmãos. Nunca teve direito de dizer o que efetivamente queria, tudo já lhe dado como certo e pronto. Roupas escolhidas pela mãe, escola escolhida pelos pais, festas só a que os irmãos frequentavam e quando se dispunham a levá-la.
Os irmãos não levavam os amigos em casa, foram proibidos pelos pais, pois Maria Rosa era linda e nada podia lhe acontecer, era melhor evitar: “o que os olhos não veem coração não sente”, era o que sempre dizia a sua mãe.
O único momento de mínima liberdade que a Maria Rosa tinha era a escola, e assim mesmo, quando não havia qualquer olheiro a espreita, o que sempre acontecia, pois a recomendação às freiras era para que ela nunca estivesse sozinha, o que era seguido à risca pelas irmãs, que não queriam, de maneira alguma, desagradar ao Sr. Alencar, em especial Dona Virginia, mantenedora da Igreja, membro da congregação, enfim

sábado, 2 de janeiro de 2016

Nas Águas do MARUJO

Como tantos outros primeiro do ano, eu não esperava nada de diferente:
ressaca, muita comida, arrumação da bagunça do dia anterior; entretanto, o primeiro dia do ano de 2016 me reservou uma baita surpresa, e esta surpresa merece divulgação.
Meu companheiro há uma semana me disse que fora convidado para um passeio de escuna no dia primeiro: gosto do mar, mas confesso que não fiquei radiante com a comunicação, cheguei mesmo a sugerir que ele fosse sozinho, mas não gostei da expressão que ele fez. Decidi que iria, muito mais pelo fato de que ele me disse qual era a finalidade do passeio de escuna: um oferecimento de um presente ao “MARUJO”.