segunda-feira, 2 de maio de 2016

Sonhem muito; os sonhos se realizam

Sempre tive um sonho: queria morar em frente ao mar, em uma casa  cheia de  vidros, em que eu pudesse, de todos os espaços dela, ver o mar, ver árvores, plantas, ver a chuva caindo, enfim, ver o tempo e tudo o que  a natureza pode nos proporcionar através da transparência do vidro.
Não consegui, até o momento, realizar o sonho de ter uma casa  frente ao mar, ou em que eu possa vê-lo, entretanto, oitenta por cento  do meu sonho  foi realizado por outrem. 
Estou vivendo em uma casa, que a tenho como minha, embora não o seja materialmente, mas no campo afetivo e espiritual e emocional o é. É um momento de felicidade, sem dúvida alguma. Tenho por merecimento acho eu, pois quando um seu sonho é realizado por outrem, mas você participando dele e para ele, é realmente fantástico.
Pois bem, por força do sonho, como já disse, queria ver a chuva cair e purificar tudo ao seu redor, lavando até mesmo o espírito, vez  que é bem assim que sinto quando,  corajosamente, volto ao tempo de criança e vou para a chuva, deixando que a água de Deus  limpe  pensamentos e o corpo.

Hoje, sentada  vendo a baboseira  da Comissão  Especial do Senado para a análise da denúncia do impeachment, começou a chover e eu fui fechar  as portas da casa. Extraordinário! De todos os cômodos da casa posso ver a água caindo lá fora. Da sala, do meu quarto e da minha própria cama, dos quartos outros da casa, do escritório e da cozinha. Sensacional!
Sim, como é bom você viver em um ambiente como este. A vontade  é de  nunca sair de casa, é de sempre estar aqui, mui principalmente,  quando chove. A casa me dá um grande trabalho, realmente, estou sexagenária e já não tenho  a disposição e nem a força de antes, mas gosto de arrumá-la, de ornamenta-la, de mantê-la sempre  em ordem. Sentar-me na cadeira do meu quarto e ficar olhando, pela porta de vidro, o verde da grama, das plantas todas,das aves  decorativas, que, mesmo imóveis, parecem se animar quando chove e são molhadas.
Amparada pelo aconchego, fico olhando a chuva cair através da janela da cozinha, vejo o muro branco que se colore com as plantas que lhe antecedem,  Vejo o João de Barro batendo na porta da sua casinha de barro. Independentemente  da chuva gosto de observar o pássaro. Ele e a sua companheira andam juntos sempre. Os dois “pastam” pela minha grama todos os dias, principalmente depois que molhamos a grama. Andam pelo muro, passeiam pelas plantas, e adoram comer as bananas que colocamos no muro exatamente para que eles, os nosso vizinhos  e companheiros pássaros, venham  degustá-las. Temos as sabiás  que  parecem nos chamar “psiu”. Cardeais, periquitos, rolinhas marrons,  micos. É mesmo gratificante. Olhe que tem outros bichos que eu não quero por perto, mas eles fazem questão de  aqui comparecerem: guaiamuns(acho que é assim que escreve)  camaleões enormes, que me fazem correr e me trancar  dentro de casa.
Sim, estou num bom momento da minha vida, recebendo, talvez mesmo por merecimento, “beness” proporcionadas por outrem. Agradeço, primeiramente a Deus, e depois a você, que está, através dos seus, realizando os meus sonhos. Peço desculpas se não consigo corresponder as expectativas todas, mas estou a tentar e quero  mesmo que saiba que agradeço por isto, pelo que não disse, mas você sabe que existe, e pelo que  ainda estar por vim.
Vou continuar sonhando, espero bem que esses sonhos continuem se realizando, não só  os meus, mas, principalmente, os seus, e que você possa navegar junto com o seu Marujo pelas águas desta nossa Baía de Todos os Santos.


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