Com todos os
problemas acontecendo e ela estava sorrindo, sorrindo não: rindo, dando verdadeiras
gargalhadas. Os olhos também sorriam, era uma bela cena. Via a felicidade
daquela mãe sentada ouvindo os seus filhos
falarem das suas experiências sexuais. Logicamente os dois devem ter floreado
um pouco, mas que foi muito interessante ver e ouvir aquelas estórias dos dois, isto lá foi..
O mais novo,
que tem uns olhos lindos, é mais safado, pelo menos é o que transparece. Tem
dezoito anos. O Outro, parece ser mais
sério, no entanto, naquele dia mostrava-se completamente à vontade e falava
muito, tem uns vinte anos e um rosto
lindo..
A mãe ria muito, algumas vezes
olhava para a amiga sem saber muito bem
como ela receberia aqueles comentários, que surgiu exatamente pelo
fato de que a amiga disse que teria
feito, a algum tempo atrás, um livro de “sacanagem”, com muito sexo e uma grande história de amor, todos se
interessaram pelo livro, queriam ler, mas a autora disse que não,porque pretende publicá-lo e não gostaria de que as pessoas
soubessem o seu pseudônimo antes do livro estar no mercado, afinal, o que ela
quer é ganhar dinheiro sem se prejudicar, porque sabe perfeitamente que o povo
é mesquinho, principalmente as pessoas que já passaram, profissionalmente,
pela sua vida. Assim, prefere manter o
sigilo absoluto em relação ao livro e ao pseudônimo.
Bom o fato é
que da conversa do livro, quando foi explicado que as coisas que ali foram
ditas e o enredo, bem como os personagens eram fictícios, porque os dois
jovens estavam achando que a pessoa, ela, tinha passado mesmo pela situação; o rumo mudou, e eles começaram a falar de si próprios como se fosse a coisa mais
natural do mundo.
Talvez a
amiga da mãe deixe eles tão a vontade que eles não tem qualquer acanhamento de falar de tudo, de “gozo”, “coito
anal”, “quantidades de relações
em um só dia”, “ejaculação precoce”, “coito oral” “falta de erecção”, “exigências das diversas mulheres”, “efeitos do alcool na hora
da transa”, enfim, falou-se abertamente
da relação sexual, sem traumas, sem problemas, sem vergonhas. Um
deles disse que transar com coroa é mesmo de lenhar, a bicha
parece que nunca teve sexo, vai numa
vontade enorme que ele tem medo, em alguns momentos, de ser decepado, tal a volúpia das “coroas”. Até disse que
vai trabalhar num navio para comer as
velhas todas que estiverem no cruzeiro,
é muito engraçado ver ele falar isto, porque ele tem uma voz engraçada, com um
sotaque do interior misturado com a maneira jovem( rapazes) de se falar hoje, parece que estão muito cansados, falam
arrastando as letras e os sons delas como se não quizessem acabar as palavras e
as frases, perenizando a expressão, é mesmo muito interessante.
O mais velho,
mais sério, mas nem menos pouco safado por causa disto, tem uma voz mais forte,
não canta tanto
falando, é mais nordestino, mais macho, falava muito alto sobre as coisas, as
suas aventuras. É bom que se diga que nenhum nome foi citado, os dois rapazes
tem moral e dignidade e não sairiam comentando
a vida sexual das suas parceiras nominando-as, Estavem falando das suas
experiências, apenas. Algumas vezes a
amiga da mãe pediu que ele falasse mais baixo, exatamente por causa dos vizinhos,
afinal ela mora sozinha numa pequena aldeia, onde todo mundo fala de todo mundo,
e não soaria bem aos ouvidos desta população uma conversa desta com dois rapazes dentro da sua casa. Como não se ouvia a voz da mãe, que orgulhosamente, ouvia as
aventuras dos filhos, demonstrando todo o prazer de ter dois filhos “machos”, “comedores”,
que honram o gênero a que pertencem,-
ainda se pensa assim- a impressão para quem estava de fora é que
ela estava sozinha com dois rapazes.
Foi muito
interessante: primeiro por força da naturalidade em que a conversa estava sendo
feita; segundo pela confiança deles numa pessoa que não era da família, bem mais velha que eles que
ouvia e participava da conversava de igual para igual com os dois; terceiro
pelas boas risadas que deram os quatro, Mãe, filhos, ela, que
ficava pensando como reagiria a sua mãe, seu pai, seus tios, até os
amigos, se ela, com a idade deles, contasse alguma das suas aventuras, abrisse
a boca até para dizer que deu um “beijo de língua”. O caos seria
completo, certamente tomaria castigos, não iria para nenhum lugar se não estivesse acompanhada de
alguém, ou tomaria logo um “tapão” do pai ou da mãe.No seu tempo era bem assim.
Ela agradece
a tarde que passou com os três, espera repetir a dose, porque quando do próximo livro de “sacanagem” que
escrever, algumas das experiências serão contadas, as suas personagens
vão se inspirar nestas
estórias. Os leitores
viajarão, se indentificarão, porque realmente, com exagero
ou não, a realidade de
hoje é assim.
Esmeralda... Adorei o blog, quero sempre passar por aqui e ler os textos, são muito bons... Foi ótimo revê-la! Bjos. Geanna
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