Hoje, na aula
de yoga, ganhei um cartãozinho com uma mensagem
referente ao outubro Rosa, nem bem li a mensagem e falei alto “embaré”: sim,
colado no cartãozinho estava uma bala da embaré. Voltei ao então inverso da
idade de hoje, 17 anos. Era linda, mas linda mesmo e chamava atenção, época em
que, se hoje fosse, muitos teriam sido acusados de assédio, não por mim, não
faria isto, porquanto nunca me incomodei, hoje aliás me incomoda a falta de ser
admirada, desejada, cortejada com os galanteios, com as frases indecentes ou não,
em ver o desejo de homens (na época os homens gostavam de ser heteros e
demonstrar toda a sua masculinidade) pela minha figura
fêmea
que era, desabrochando para uma vida desconhecida, mas desejada, embora contida
pela falsa moral e ainda, como resquícios de uma formação religiosa (conventual)
e o medo do castigo pelo pecado kkkkkkl gente eu tinha medo de sofrer um
castigo divino por atender a necessidade do corpo, que coisa mais filha da puta!
eu me achava.
Eu tinha
namorados na época, entretanto, nada passava de uns amassos e, quando muito,
sentir uma coisa dura querendo se enfiar pelas minhas coxas, percebam bem:
minhas coxas, todavia o corpo queria mais e os homens também, juntando a fome a
vontade de comer e é aí que a “ embaré” entrou, e este é o motivo pelo qual a
balinha colada no cartãozinho me reportou aos 17 anos e alguns meses quando fui
com amigas , uma delas tinha carro, para o Micareta de Alagoinhas kkkkklll,
pensem aí: micareta de Alagoinhas. No caminho um carro com 3 rapazes emparelhou
com o nosso e tudo começou, eles nos seguiram o tempo todo, se nós acelerávamos
eles também o faziam, se íamos mais devagar, eles também e lá se foi assim por
mais da metade do caminho.
Bem próximo
de entramos na cidade paramos para beber água, (mentira safada) um pretexto
para nos aproximarmos dos rapazes, pois sabíamos que eles parariam também, e
foi o que aconteceu: três homens Luís, Alex e o representante da embaré, este
visivelmente mais velho que os dois outros que era irmãos, três homens bonitos
e de estilos bem diferentes. Eu, acreditem se quiserem, numa mistura de medo e
timidez tive de me apresentar aos rapazes, aliás eles se apresentaram, tomaram
a iniciativa: falei o meu nome e continuei a tomar o copo de cerveja sem me fixar
na conversa, mas sabendo e sentindo que dois negros olhos estavam fixados em
mim, justo o do homem mais velho, o que para mim era bem pior, porque eu tinha
mesmo receio de homens mais velhos, eu era muito cortejada por eles, no
trabalho(eu já trabalhava na época)no colégio central à noite, onde eu estava
terminando o clássico, pelos clientes da empresa, enfim, eu era objeto do
desejo de homens muito mais velhos que eu, além do fato de que fui induzida a
acreditar que eles queriam se aproveitar de mim, o que tinha mesmo um fundo de
verdade. Bom o fato é que eles iam para o Micareta também e queriam saber onde
ficaríamos, etc.
Íamos para a
casa da minha querida tia Margarida, a mulher mais além do seu tempo que
conheci, já uma senhora, mas com uma cabeça invejável, com um sentido de vida
excepcional e melhor ainda, demonstrando na prática o que era uma mulher
sozinha e livre sem se preocupar muito com o que os outros pensavam dela.
Sozinha, vivia numa imensa casa numa praça, salvo engano, Rui Barbosa, era
enfermeira, se sustentava sem Precisar de ninguém, o que realmente me
fascinava, todavia, não é dela que quero falar agora, ele merece um livro e não
só uma referência. Eu falei que íamos ficar na Rui Barbosa e pronto,
despedimo-nos e não sei bem o que eles acertaram (os três homens e as outras
três mulheres, mais velhas e mais assanhadas que eu kkkkkkkkkko.
Fomos para
casa, deixamos as coisas e já partimos, com a benção da tia Margarida, para a
“gandaia” e lá encontramos os três rapazes. Eu estava na minha, o mais
velho o que não parava de me olhar e que eu designei, na minha cabeça, para a
minha amiga, uma carioca e dona do carro, pois era o melhor para ela, que
também era a mais velha de nós, e os outros dois para os quais não fiz
mentalmente nenhuma indicação; eles escolheriam claro e, não sendo a mim, pouco
me importava. O problema era efetivamente a beleza. Sim eu sei que eu era a
mais bonita das quatro e beleza é “ fundamental”: quem se aproxima de vi, estou
falando de homem, o faz primeiramente porque algo lhe chama atenção, no caso
era a beleza mesmo e eu sabia do meu potencial, mas verdade é que não estava
dando muita bola não. Nada do que idealizei aconteceu, porque o moreno de olhos
e cabelos negros, o mais velho deles, o representante da embaré, assim que
chegamos ao local onde marcaram o encontro já veio para perto de mim, entre
cervejas e cigarros e muita risada ele ia se aproximando mais, uma encostada de
braço aqui, uma olhada mais profunda ali, um roçar de peles ao servir acerveja,
ao ficar coladinho ao meu lado e a coisa
começou a tomar um caminho que eu já sabia, não ia parar rápido, naquele
momento era só evoluir e foi o que aconteceu, pulamos atrás de blocos, cervejas
muitas, mão no ombro, cuidados para que eu não tomasse tombo, enfim. Naquele
dia nada rolou mesmo a não ser estas pequenas coisas, o
Meu medo não
deixaria, mas não era idiota só o fato de estar recebendo mais atenção que as
demais, aliás, todos perceberam, inclusive a indicada para o próprio, que não ficou
nada satisfeita, pois ela tinha planos para aquele, para mim senhor, e estava
vendo eles afundarem.
Fomos para casa
dormir o resto da madrugada para nos recuperarmos para o dia. Dia claro, lá
pelas dez da manhã fomos ao local onde nos encontraríamos e, quando chegamos eu
já vi uma das minhas amigas se dirigir ao um dos caras cheia de intimidade,
beijo de boca e tudo mais, apenas sorri e vi que o outro rapaz não ia querer
ficar com nenhuma das outras duas, uma porque era muito mais velha que ele e a
outra porque não era o tipo que encantaria
nenhum homem logo de cara, o fato é que ficamos todos juntos durante dois
dias. Fiquei bem próxima do representante da embaré, que não me largava de
maneira alguma, como nada passou de uns beijinhos bem rápidos, uma mão no
ombro, ou mãos entrelaçadas, achava que tudo acabaria ali, mas o universo não
tinha resolvido assim nesta simplicidade.
A minha
amiga que ficou com outro rapaz resolveu tudo: os três eram amigos, amigos
mesmo, moravam no Largo da Soledade, dois deles, que eram irmãos, trabalhavam
na marmoraria do pai. Dias depois, já em Salvador, salvo engano na sexta feira,
minha amiga me chama para sair, aceito porque andava por demais com ela, fazíamos
muitas farras juntas e aceitei o convite como uma coisa normal. No dia marcado
estava eu lá no local designado para nos encontrarmos, quando vejo um carro
parando e quem estava no volante do carro, nada mais nada menos que o “representante
da embaré”, mais um dos outros rapazes e mais a minha amiga.
Não nego que gostei, porque se dependesse de mim
aquilo não ia render, não peguei nenhum contato, não sabia de nada sobre o
homem etc., mas a minha amiga não perdeu tempo, aliás para ela era tudo mais fácil,
ela trabalhava no Itaú, tinha telefone a sua disposição, era mais velha que eu,
tinha a autonomia e esteve em contato com o Luís, este era o nome do rapaz.
Eu tinha meus
17 anos e meio e, apesar de trabalhar numa empresa de Agua Mineral, ainda não
tinha tanta autonomia assim, só fazia o que minha mãe permitia, e como ela
gostava da família da minha amiga, ela me deixava sair com ela e muitas vezes
passar o final de semana na casa dela.
Da surpresa
para a alegria do reencontro. Naquele dia soube mais coisas a respeito do “representante
da embaré”, o seu nome, a sua idade e um fato curioso, ele tinha um filho de 11
anos, ou seja um filho que poderia ser meu irmão, kkkkkkk.
Nos
primeiros meses o namoro era normal, beijos, abraços fortes, mãos procurando
partes, blusas desabotoadas, carinhos mais íntimos, mas passados uns quatro ou
cinco meses, e eu já com 18 anos, as coisas começaram a esquentar mais um pouco,
o carro era um bom aliado, pois estávamos afastados dos olhos dos outros e os carinhos ficaram mais ousados, já nos permitíamos
muitas coisas,, aquilo na mais, nudez, peito de fora enfim, tínhamos a
segurança de estarmos sozinhos sem ser vistos, acho eu, o homem a cada dia
ganhava mais a minha confiança, e parecia estar com mais tesão e querendo mai.
Falava dele, do trabalho, da vontade de me levar para conhecer a família, o
filho, que vivia com ele e com os seus pais.
Ganhando
sempre a minha confiança, o homem ia me buscar no colégio, me levava em casa, parávamos
um pouquinho antes de chegar em casa e era, na verdade, uma tortura, para ele
principalmente, todo pronto para o sexo e eu ainda controlando as coisas, era
bom sentir todas as sensações, mas o medo, na hora “H” me fazia parar.
As coisas
iam evoluindo, apesar da diferença de idade e dos ciúmes exagerados. O negócio
era tamanho que ele queria que eu deixasse de andar com a minha amiga, ele
dizia que ela não era companha para mim. Eu bem sabia o motivo, a mulher era
livre, tinha os casos com quem ela queria, já fazia sexo há muito, portanto,
para ele, ela podia me influenciar e eu podia deixa-lo por outra pessoa mais
nova. Não sei bem o que se passava
naquela cabeça. O fato é que ele pensava diferente de meus antigos namorados,
rapazes novos da minha idade, sem grande responsabilidade. Nunca dei ouvidos a
isto e continuava a andar com a minha amiga e ainda saiamos juntos, o que ele concordava,
mas muito contrariado, algumas vezes com razão, pois a mulher era virada na
porra, e não oram poucas as vezes que nos surpreendíamos com um novo parceiro
num intervalo de apenas uma semana, kkkkkkkkk
E a vida de
namorados foi continuando até que o bombom da embaré adocicou a minha vida, me
mostrando o doce sabor dos seus fluidos. Como eram bons e como foi tão normal degusta-los,
sem nenhum trauma. Chupei muitas balas da embaré, que durante muito tempo
embalaram os meus sonhos e desejos de quem começa a se conhecer como mulher e a
querer desfrutar de tudo que está condição nos proporciona.
Toda esta estória
retornou por causa de uma “bala da embaré”
num cartão para nos lembrar do “outubro rosa”. Agradeço a quem teve este
brilhante ideia, de colar uma bala da embaré no cartão e me fazer reviver uma
bela estória que estava nos alfarrábios da mente, muito bem guardada, mas não
esquecida, como podem ver.
Aproveito a oportunidade para agradecer ao “representante da embaré”. Vocês podem me pergunta por que acabou tudo isto. Respondo: A diferença de idade era imensa, enquanto eu queria viver, ele já tinha outros planos, viver sim, mas à maneira dele: Uma casa, uma família, uma esposa que já começava a vida com um filho de 11 anos. Não, era muito para mimmm
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