sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

VOLTANDO..VOLTANDO...VOLTANDO!!!

 




Hoje, dia dois de fevereiro de 2024, tive uma experiência surreal: tenho, quase como certo, que me fui deste mundo, mas me mandaram de volta, não me quiseram no mundo dos mortos, mas sei que passei por lá, vi umas tantas coisas que não me recordo, mas não eram coisas daqui, deste mundo que vivemos, umas coisas bem diferentes: nevoas, tons de rosa, coisas róseas macilentas, porosas.

Um lugar com uma cor rosada, mas um rosa de sangue, uma coisa meio mole, como se eu estivesse dentro de uma veia enorme, com o sangue fluindo nela e me levando caminho abaixo, numa velocidade   que não me deixava perceber onde estava; só percebia a cor rosa, como uma membrana envolvendo aquele espaço em que eu estava dentro e sendo levada de uma maneira estupidamente rápida. O meu corpo em posição vertical inclinado (era como se eu estivesse numa escorregadeira descendo vertiginosamente) ia passando por aquelas membranas, não tocava nelas, era como seu estivesse num espaço que só cabia meu corpo que não tinha qualquer reação, parecia que estava mesmo numa cápsula e não me lembro de ter movimentado sequer um dedo, parecia que eu tinha mesmo que estar naquela posição, para caber na cápsula que me levava a uma velocidade sem tamanho.

Não me lembro de ter chegado em lugar algum, de repente sinto que estou voltando por esse mesmo lugar, mas agora com uma velocidade mínima, apenas voltando, era como se eu estivesse dando uma ré, porque não me lembro de ter feito nenhuma volta, apenas tinha a sensação de que retornava exatamente da mesma maneira que fui, o movimento se modificara, agora era uma Ascenção, agora voltava de cabeça, mas em uma subida: acho que estou me fazendo entender. Voltando, voltando, voltando, constatando que estava mesmo em um grande tubo rosado, membranoso, mas nada tocava em meu corpo que continuava protegido por algo como se fosse uma capsula transparente.

Voltei, cheguei ao ponto de partida, e, quando abri os meus olhos, havia dois olhos negros a me olhar fixamente e repetindo: INSPIRA PELO NARIZ E EXPIRA PELA BOCA, vamos lá, é isto que vai te trazer de volta. Primeiro vi os olhos negros fixados em mim e a voz pequena que repetia isto como um mantra.

Consegui ver mesmo, enxergando: sim ali, à minha frente uma pequena mulher com olhos negros estava debruçada sobre mim. Eu estava deitada em um banco de cimento em plena rua na entrada da Fonte do Boi, um espaço aberto, não sei como conseguiram achar aquele espaço, barracas de um lado e de outro, e eu ali, deitada no banco (parece música sertaneja – seu guarda eu não sou vagabundo, não sou delinquente…) embora não tenha dormindo na praça pensando em ninguém.

O olhar fixo no meu e a voz a me dizer: EU ESTOU AQUI, CONFIE EM MIM:  palavras que jamais sairão da minha cabeça, tampouco o nome daquela pessoa que repetia aquele mantra: INSPIRE PELO NARIZ E SOLTE COM FORÇA PELA BOCA.

Perguntei aquela mulher qual o seu nome e ela disse-me; LORENA, perguntei-lhe se era médica, e ela respondeu: Não, sou advogada.  Puta que pariu! O destino colocou um anjo chamado Lorena na minha vida; aliás, na minha nova vida, porque eu tenho, quase como certo, que eu estava naquele momento sendo ressuscitada por Deus, através daquela mulher, advogada como eu.

Engraçado que o destino me colocou na mão de uma advogada, não de uma médica, na verdade não interessa a profissão para a alma que tem, PODER DE CURA e aquela moça tem, ela me trouxe de volta de um caminho que foi rapidíssimo para a ir, mas para a volta precisei mesmo daquela ajuda, que aos poucos me fez retornar e fui percebendo, novamente, os sons do mundo real, do mundo de onde eu sai por minutos. Aqueles olhos e aquela voz, me fizeram retornar e eu nem sei se queria este retorno.

Vi os olhos apavorados de Dora e de Telminha, que seguravam a minha mão direita, também vi a minha bolsa na mão de Dora e pude, o melhor de tudo, ver os olhos negros na Lorena fixamente já sem nenhuma névoa, ouvindo a sua voz que me chamava e repetia o mantra: INSPIRA E EXPIRA  é isto que vai lhe fazer realmente voltar.

Sim, voltei, quis sentar-me mas não aguentei ficar sentada por muito tempo,  e fui, mais uma vez, amparada por aquela pequena  mulher , que me sustentou    apenas com um dos braços e  me fez deitar outra vez.

Minha mão direita segurava fortemente as mãos de Dora e de Telinha, que apesar de apavoradas, estavam ali solidárias naquele momento em que Deus quis me tirar não só delas, mas de todos. Alguém interferiu, e deve ter confabulado com os de lá de cima; uma boa argumentação, sem dúvida, afinal estavam em frete a duas advogadas, que por profissão, tem de saber argumentar, e o argumento deve ter sido bom mesmo, pois aqui estou, relatando a vocês uma experiência que, espero, ninguém passe.

Abracei aquela desconhecida muitas vezes, coisa que muitos que me conhecem sabem que não sou muito chegada a fazer, se bem que depois da aula de costura estou um pouco mais sociável, ou seria socializável!

Só me resta agradecer a esta senhora (anjo) desconhecida, Dra. LORENA, a Telminha, a Dora. e a tantos desconhecidos que estiveram ali naquele momento, emanando energia para o meu retorno ao mundo dos vivos; até mesmo à moça da barraca que me disse: “Vê se no próximo ano não vem,” como a me dizer: a senhora não tem mais idade para isto kkkkkkkkkk, certamente este não é o desejo de Iemanjá.

Uma lição: Não sei se deixarei de ir, porque isto também significa deixar de viver o que gosto, e que de agora em diante será a minha META: VIVER, VIVER, VIVER, fazendo o que for possível para ser FELIZ, com erros e acertos, mas me colocando na frente de tudo e todos, EU E EU. Se foi esta a maneira que o mundo espiritual encontrou para me alertar de que a vida  que levava até o dia 02 de fevereiro de 2024 não é a que mereço, a mensagem foi entendida e apreendida, e doa em que doer; PRIMEIRO EU, DEPOIS EU  mas antenada nas pessoas que amo e que me amam, mas sem sacríficos ou renúncias, estas sempre resultado de sacrifícios, que só quem os faz sabe como isto prejudica.

Detalhe – o viver inclui SEXO, CORPO, ALMA, AMOR.

 

 

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