Começastes a devorar-me com os olhos. ]
Sentia o desejo, o tesão a cada olhada tua.
Depois continuastes a devorar-me com a tua boca, quando beijava-me e a sua língua parecia querer descobrir cada recanto de mim.
Após, as tuas mãos tocaram o meu corpo, mãos quentes, experientes, tocando cada parte dele numa maestria singular, tirando dele uma melodia inédita a cada vez que estávamos juntos.
A seguir, percorrestes meu corpo com a tua língua, tornando-me uma cachoeira e, finalmente, encheste-me de ti,
Eu estava completa de ti, cada parte de mim estava preenchida por ti, o corpo amoldado ao teu sempre trêmulo a cada toque, nos fundíamos a cada encontro, parecíamos ser o outro quando juntos estávamos, sim porque nós nos fazíamos do outro para sermos um ser único.
Depois de possuir-me, tomastes de assalto a minha alma, passei a amar-te deliciosamente e, ainda que quisesse que este amor fosse silencioso, ele, indiscretamente, falava através de olhos, gestos, corpo inteiro.
Quando estavas em mim, e sentia-me pulsar, tinhas a noção de todo ele.
Em ti só desejo de mim, do meu corpo do que ele nos proporcionava, mas, um dia
qualquer, estavas todo em mim, e senti as batidas do teu coração e percebi que,
também ele, tinha o mesmo compasso do meu, está simbiose de nós foi mesmo
infinita enquanto durou.
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