Maria Rosa era a quinta filha de
seu Alencar e Dona Virgínia. Os seus primeiros quatro irmãos eram homens, ela
era a caçula e mulher, poderíamos dizer, o dengo da família. Enquanto
pequenina, era ótimo estar cercada do amor e dos cuidados dos pais e de seus
quatro irmãos, mas, quando fez doze anos, toda esta proteção começou a
incomodá-la, e muito.
Maria Rosa nunca saiu sozinha.
Não tinha amigas, não ia á casa de ninguém. Festa na escola só se acompanhada
de mãe e irmãos, se todos não podiam ir, um, com certeza, acharia tempo para
acompanhá-la aonde quer que fosse.
Maria Rosa cresceu protegida. Sem opções, todos decidiam por ela, de pais a irmãos. Nunca teve direito de dizer o
que efetivamente queria, tudo já lhe dado como certo e pronto. Roupas escolhidas
pela mãe, escola escolhida pelos pais, festas só a que os irmãos frequentavam e
quando se dispunham a levá-la.
Os irmãos não levavam os amigos
em casa, foram proibidos pelos pais, pois Maria Rosa era linda e nada podia lhe
acontecer, era melhor evitar: “o que os olhos não veem coração não sente”, era
o que sempre dizia a sua mãe.
O único momento de mínima
liberdade que a Maria Rosa tinha era a escola, e assim mesmo, quando não havia
qualquer olheiro a espreita, o que sempre acontecia, pois a recomendação às
freiras era para que ela nunca estivesse sozinha, o que era seguido à risca
pelas irmãs, que não queriam, de maneira alguma, desagradar ao Sr. Alencar, em
especial Dona Virginia, mantenedora da Igreja, membro da congregação, enfim
.
.
Maria Rita ficava encantada com
as estórias de suas colegas. Algumas até já namoravam e contavam as “coisinhas”
que já faziam com os namorados. Ela, cheia de inveja, ficava imaginando coisas
e tentando saciar o corpo sozinho, isto quando ia tomar banho, porque nem mesmo
no seu próprio quarto tinha liberdade, pois nunca lhe permitiram fechar a
porta, que sempre estava entreaberta.
Cresceu assim, ouvindo as
aventuras dos irmos escondida atrás das portas, olhando pela janelinha do
banheiro quando eles se masturbavam isto quando não tinha ninguém por perto e ela
conseguia alcançar, pelo lado de fora, a fresta da janela que ninguém percebera
até então.
Quando estava prestes a fazer
quinze anos, enquanto todas as suas colegas de escola se preparavam para o
grande dia, pois ainda se fazia baile de debutantes, embora a grande maioria já
tivesse “deputado”, ela pediu ao pai que não fizesse qualquer festa, ela não
queria. Não conhecia ninguém, não ia se sentir bem. Pediu que lhe dessem uma
viagem, mas o seu pai disse que não, e que ela iria para a festa de qualquer
maneira, e mandou que a mãe já começasse a procurar a costureira para confeccionar
o vestido.
Ela, sem alternativa, teve de
aceitar e lá se vai para a casa da costureira, que ficava duas casas adiante da
sua.
Catarina! Este era o nome da
senhora que fazia roupas. Era uma mulher conhecida, todos do “high society” frequentavam
o seu atelier. Era uma mulher jovem, ainda não tinha trinta anos, bonita, alta,
delineada, sempre bem pintada e elegante. Atendia pessoalmente as suas
clientes, tirava-lhes as medidas, fazia as provas. Para ajudá-la somente as
pessoas das máquinas. Ninguém cortava qualquer pano, isto erra um trabalho que
ela fazia pessoalmente, talvez este tenha sido o motivo de tanta perfeição.
Herdara da mãe não só o atelier de costura, como o gosto e o esmero pela
profissão. Suas roupas faziam sucesso e as mulheres disputavam uma marcação.
Apesar de estar, como sempre,
muito ocupada, Catarina, vizinha de longa data dos Alencar, aceitou a
encomenda, vira a Maria Rosa pequena e sua mãe jamais lhe perdoaria se não
aceitasse fazer o vestido, e então lá se vai Maria Rosa com a mãe para escolher
modelo, pano, etc.
Maria Rosa, muito tímida, cheia
de temores, nem falava direito. Ao se deparar com Catarina, que poucas vezes
via, pois não saia de casa, do seu jardim apenas via o entra e sai de mulheres na
casa da vizinha, enquanto a outra, por motivos diversos, também não tinha muito
tempo para andar pela rua, e assim as duas sabiam, cada uma da existência da
outra, mas dificilmente se viam, ficou com vergonha e ruborizada, afinal ia ter
de ficar de calcinha e soutien em frente a uma desconhecida.
Catarina tratou de
tranquiliza-la, mas a garota deu para ruim. “Não vou tirar a roupa, se quiser
tire as medidas por cima do vestido”. Não teve argumento que fizesse a menina
de 14 anos tirar a roupa, foi necessário que a mãe falasse com o Sr. Alencar
para que este obrigasse, como sempre, Maria Rosa a fazer o que estava ordenando.
Chorando, no dia seguinte, lá se
vai a Maria Rosa, de novo, à casa da modista. Quando se encontra frente à Catarina
o torpor retorna, ela fica vermelha, suas mãos suam, suas pernas tremem. Catarina
ali com a fita métrica na mão, um lápis, o caderno aguardando que ela permitisse
a sua aproximação.
Passados os primeiros momentos, e
porque não tinha mesmo jeito, se não permitisse desta vez não sabe o que seu pai
faria, ela deixou que Catarina se aproximasse e começasse o trabalho.
Primeiro a altura do ombro,
depois altura da perna, tamanho do braço, quadris, seios, cintura, tudo tinha
de ser medido, e ela, apesar de tensa e desconfortável, ia deixando, não tinha
alternativa. A mão ágil de Catarina passava pelo seu corpo, o atrito da mão com
os seus seios lhe deu uma sensação estranha. Ela percebeu e percebeu, também,
que a Catarina tinha percebido que ela tinha percebido. Olhou para a mãe, que
nada percebeu, apenas falava e folheava revistas procurando o modelo mais
adequado.
Maria Rosa foi relaxando.
Permitiu que Catarina tomasse as medidas quantas vezes necessárias. Ela estava
gostando daquela sensação de alguém tocando o seu corpo, isto nunca acontecera,
e para si foi uma grata surpresa a de perceber que era bom.
Acabou a medição, tudo
devidamente anotado. Modelo escolhido
com a ajuda de Catarina que quase impôs a sua escolha. Se fosse pela mãe ia
vestir um vestido todo fechado, quase um hábito de freiras, mas Catarina conseguiu um pequeno
decote, um ajuste no corpo, enfim, o modelo era bem bonito e ia ressaltar a
silhueta de Maria Rosa, escondida pelas roupas escolhidas pela mãe.
No dia seguinte, quando voltou do
colégio, sua mãe lhe disse que elas tinham de ir á casa da Catarina, pois ela precisava
confirmar as medidas, vez que como não tinha tomado nota do nome da cliente no
caderno, estava na dúvida se aquelas medidas que estavam anotadas eram mesmo as
de Maria Rosa.
A menina logo aceitou ir. Nem
queria tirar a roupa da escola, mas a mãe lhe fez tirar a roupa, tomar banho,
se perfumar e vestir roupas limpas, recomendando atenção para com as roupas
íntimas.
Mais uma vez Catarina tomou as
medidas, mas os toques no corpo de Maria Rosa foram mais fortes e estratégicos.
Fazia de tudo para quando estivesse medindo cintura, braços, coxas o braço
tocasse nos seios, púbis e outras partes sensíveis do corpo da menina. Maria Rosa estremecia a cada toque,
entretanto, nada era percebido pela sua mãe que sentada frente aos espelhos
olhava as revistas de moda. Catarina procurava, a cada toque, perceber a reação
de Maria Rosa e olhava diretamente nos olhos dela, sorria com um sorriso malicioso
e de uma maneira especial que a menina não conseguia entender bem.
As provas se repetiam, somente em
uma semana elas fizeram cinco provas, ansiosamente esperadas por Maria Rosa,
que chegava do colégio e ia diretamente tomar banho e se arrumar. Sem saber
direito o motivo, passou a procurar as melhores roupas intimas que tinha, no
que a mãe ficava muito satisfeita, afinal, a Dona Catarina não poderia dizer
que ela não cuidava bem da filha, essa era a sua preocupação.
O vestido ficou pronto; o dia da
festa se aproximava, para desespero de Maria Rosa, que queria voltar muitas
vezes ao atelier de Catarina. Pediu á mãe que fizesse novas roupas para ela, e
que fosse feitas por Catarina. A mãe falou com o pai que disse não, porque era
muito caro. A roupa dos quinze anos sim, mas roupas do dia a dia nem pensar.
Insistiu muito e o pai mandou que ela encomendasse um vestido para o aniversário
da avó que ia fazer noventa anos e iam fazer uma festança.
Toda feliz foi com a mãe ao
atelier. Catarina, apesar de estar com todas as medidas anotadas, disse que
teria que tirar outras, porque ela podia ter engordado ou emagrecido um pouco e
o vestido tinha de estar de acordo com as suas atuais medidas. E lá se vai tudo de novo, olhares, toques,
sensações.
Provas inúmeras, desta vez
Catarina, propositalmente errou as medidas, resultado: mais medição, mais
sensações, mais desejos.
- Dona Virgínia, por que a
senhora não deixa a Maria Rosa vim sozinha para as provas? É tão pertinho,
somente duas casas após a da senhora, assim a senhora não perde tempo, pois sei
que tem muitos afazeres, imagino uma casa com cinco homens!
- Não, o pai dela me mata se eu
deixar que ela saia sozinha.
-Mas Dona Virgínia, só são duas
casas. Se a senhora quiser, e a senhora até pode falar com ele, a senhora liga
antes, diz que ela tá vindo, e eu fico aqui na porta esperando, quando ela
chegar e entrar a senhora entra em sua casa.
-Vamos ver, vou falar com o
Alencar.
Alencar a princípio, como sempre,
não gostou da ideia, mas ao ver a esposa ocupadíssima com tantas coisas e
inclusive com a preparação da festa da velha, aquiesceu.
Dia seguinte lá se vai Maria Rosa
para os seus primeiros duzentos metros de liberdade vigiada. A mãe, do portão
de casa, esperava que Catarina recebesse a filha. Assim que acabasse a prova
ela ligaria e a operação se repetiria no retorno.
Foi o que foi feito, entretanto,
Maria Rosa passou quase uma hora na casa de Catarina, a mãe ligou algumas
vezes, mas Catarina dizia que havia muitas clientes e que a Maria Rosa estava
esperando.
Na verdade Maria Rosa não esperou
quase nada, a cliente que estava em sua frente foi logo atendida e foi-se. O atelier
estava cheio bem verdade, mas a sala de provas, onde eram feitas as medidas, estava
vazia: somente ela e Catarina, que pediu para que ela tirasse a roupa para
fazer a prova do vestido. Maria Rosa tirou a roupa como sempre, e de calcinha e
soutien esperava que Catarina colocasse o vestido pela sua cabeça.
-Maria Rosa, por favor, tire o
soutien, o vestido é de alça e a prova tem de ser feita sem que as alças do
soutien apareçam.
Maria Rosa não estranhou o
pedido, embora envergonhada tirou o
soutien; dois belos seios se libertaram
daquela armadura. A proximidade de Catarina era tanta que quase os seios da
menina batem no seu rosto. Catarina
afastou-se e ficou a olhar aqueles seios perfeitos que estava a sua frente. Fez
elogios, Maria Rosa quis cobri-los, mas Catarina mudou o assunto e começou a
colocar o vestido pela cabeça. Na altura
dos seios, e isto parecia uma estratégia bem pensada, o vestido emperrou, e
Catarina teve de segurar os seios da menina para facilitar a entrada do vestido,
sem incomodar a menina. Na tentativa as mãos alisavam aqui e ali e alcançaram
os mamilos. A pobre da menina quase desfalece.
Depois de muitas tentativas e até mesmo com uma descostura na lateral do
vestido, este passou. Catarina estava vermelha e Maria Rosa também, os motivos
eram diversos, mas o torpor igual.
A prova demorou muito e enquanto
os ajustes eram feitos, os seios foram tocados inúmeras vezes e Maria Rosa
estava gostando daquele jogo, botava e tirava o vestido muitas vezes.
-Tá apertando aqui! Agora está
aqui! Ui, tá me machucando.
Enfim, ela tirou e botou aquele vestido umas
cinco vezes e os ajustes eram feitos e refeitos e as mãos passavam aqui e ali,
sempre com uma pausa maior nos seios e perto dos mamilos.
Maria Rosa esteve na casa de
Catarina mais vezes, a sessão sempre repetida. Sem saber direito porque, nunca
disse nada a mãe sobre estas alisadas da Catarina. Dizer para que? Se a mãe
soubesse certamente não deixaria que ela fosse mais lá, e aquilo era tão bom.
Podia até ser inocente, mas burra nunca.
A festa da avó passou e Maria
Rosa estava sentindo falta dos toques de Catarina. Tentava pegar sozinha nos
seus seios, apertava os mamilos, mas não era a mesma coisa. Tinha que dar um
jeito de voltar á casa da costureira.
-Mãe, eu queria aprender a
costurar!
-O que? Eu lá vou ter tempo de levar você para aulas
de costura. Seus irmãos estão todos trabalhando e não podem te levar, além do
fato de que seu pai não vai deixar.
-Mãe peça a ele e depois a
senhora fala com a Dona Catarina se ela não quer me ensinar. Aqui tão pertinho
ele não vai se incomodar.
Quando o Sr. Alencar chega do
trabalho Dona Virgínia, cautelosamente, após o jantar, se dirige a ele:
-Alencar! A Maria Rosa quer
aprender a costurar. Posso perguntar a Dona Catarina se ela pode ensinar a
menina corte e costura?
-Não, não vou deixar minha filha
sair de casa para aprender com quem quer que seja costurar.
- Alencar, Dona Catarina é aquela
modista que mora aqui ao lado. Ainda não falei com ela, mas sei que se falar
ela vai aceitar.
-Não, não vou pagar. Assunto
encerrado.
Maria Rosa chorou, ficou triste,
parou de comer, pegou gripe, ficou de cama. Os irmãos estavam apavorados, a mãe
desesperada, Maria Rosa pegou uma pneumonia, e uma bruta anemia, estava
emagrecendo a olhos vistos.
O pai ficou preocupado e, para
animá-la um pouco, foi ter ao seu quarto e lhe disse que quando ela melhorasse
ela iria para a aula de corte e costura; que a mãe ia falar com a Catarina para
ver se ela aceitava.
Catarina ao ser perguntada disse
que não tinha tempo. A mãe argumentou muito e disse-lhe que isto era sugestão
da própria Maria Rosa e então a modista disse que ia pensar; ver se arrumava um
tempo, uma maneira, mas não garantia nada.
Uma semana depois Catarina ligou
e disse que assim que Maria Rosa se restabelecesse poderia ir para as aulas,
que ela podia ir na volta da escola terças e quintas. Tudo acertado e chega o
primeiro dia da aula.
Maria Rosa foi com a mãe, que a
deixou na casa da Catarina e voltou para casa. A aula duraria, mais ou menos,
uma hora, quando estivesse acabando Catarina ligaria. No primeiro dia foi dada
uma lista de material e Maria Rosa teve o seu primeiro contato com molde,
máquina, agulhas. Catarina sempre muito próxima lhe cheirava os cabelos, alisava
os braços, fazia tudo para se encostar-se à menina.
As aulas foram acontecendo. Uma
coisa de cada vez. Primeiro bainha aberta, depois bainha transparente, corte de
blusa, corte de saia, molde disto, molde daquilo. Maria Rosa chegava à casa cheia de coisas,
tinha que mostrar aos pais que estava interessada e aprendendo.
Sim, efetivamente ela estava
aprendendo, mas o seu aprendizado foi outro. Aprendeu a se tocar e a tocar nos
outros, aprendeu a ter sensações nunca jamais sentidas. Aprendeu a gozar, aprendeu
a amar, desejar, querer. As aulas de costura eram dadas, sem dúvida alguma, mas
a passos lentos, enquanto o amor das duas ia crescendo a passos largos. Maria
Rosa já chegava à sala de aula, que foi feita na sala de provas, especialmente
para ela, sob o argumento de que, no atelier junto com as costureiras e demais
funcionários, ela ia se desconcentrar, excitada. Assim que ouvia o som da chave
na fechadura corria para os braços da Catarina que por sua vez já estava
tirando a roupa. Nuas, dentro da sala aprendiam e ensinavam, uma à outra, os
segredos do corpo, das sensações. Entre um gozo e outro um pouco de costura,
sim, aquilo era fundamental, se a Maria Rosa não aprendesse o mínimo, a mãe lhe
tiraria do curso, então o sacrifício tinha de ser feito.
O curso foi se alongando. Maria
Rosa agora tinha dezessete anos, já estava se formando em professora, mas o que
queria mesmo era costurar, se possível todos os dias. Catarina foi ter com os pais dela para pedir
que a menina passasse a ser sua assistente. Os pais ficaram satisfeitos; afinal
a menina ia estar próxima de casa, com uma pessoa que eles conheciam, não
correria qualquer risco e ainda ganharia um dinheirinho. Aquilo era bom demais.
E assim Maria Rosa passou a ir
todos os dias para o atelier de Catarina. Ela efetivamente aprendera a
costurar. Fazia modelos lindos, criava-os até, Catarina, experiente,
executava-os de maneira brilhante, e a prova sempre era feita nela, na Maria
Rosa.
Os pais começaram a querer que a
Maria Rosa arrumasse um namorado, afinal já estava com vinte anos, professora,
e costureira, ou melhor, modista, deveria pensar em um pretendente, mas ela nem
dava bola para esta conversa. Os irmãos
foram casando e ela nada. Aos vinte e
hum anos já vivia um caso de amor com a Catarina há sete, mas ainda faltava algo,
pois viviam as escondidas, tudo acontecia naquele atelier apenas, e elas
queriam a vida fora daquelas paredes.
Mas como dizer isto a família,
que a queria casada e mãe de filhos? O Seu pai; Ah o sei pai? Se ele imaginasse
o quem acontecia naquele atelier ela jamais voltaria ali, talvez o pai lhe
colocasse em um convento de freiras para sempre.
As duas pensavam muito nisto, mas
o destino se antecipou, e um dia, enquanto elas estavam na sala de provas, que
já era outra bem maior, mais programada para o que realmente servia, esqueceram-se
de trancar a porta, e a Dona Virgínia, que chegara sem avisar, entrou e as
encontrou nuas e em posição que denunciavam o que estavam fazendo.
A velha foi parar num hospital em
choque, até hoje não consegue falar, apenas olha as duas mulheres com uma olhar
enigmático que nunca ninguém conseguiu decifrar. De quando em vez, ao vê-las começa a babuciar coisas, ficaa nervosa, e a fsmília pede para que elas se afastem. Maria Rosa sabe bem o motivo, mas continua quieta sem nada dizer. De provocar tantas crises na mãe, o pai e os irmãos pedem para que el não apareça diante dela. Maria Rosa fica triste, mas percebe que aquela seria uma bela desculpa para ir morar na casa de Catarina. O pai e os irmãos de Maria Rosa, preocupados
com a mãe, concordam e permitem que ela vá morar com a Catarina. Com o passar do tempo e a preocupação constante com a Dona Virgínia que piora a cada dia, ninguém se preocupa muito com a Maria Rosa e ela vive o seu romance, a sua grande aventura amorosa.
Todos se acostumam com a saída de Mria Rosa e não questionam nada. Quando do enterro da mae deles ela chega com Catarina, seu pai lhe diz que ela pode voltar para casa, mas ela diz que não volta, que ja está muito acostumada a morar com a Catarina e que não valia a pena retornar. O pai, desgastado com a doença da esposa, nem discute, aceita com normalidade a negativa da filha, que já estava há cinco anos ou mais fora de casa.
As duas continuam discretas, ninguém percebe o que existia entre as duas, todos achavam que era assim uma grande amizade que as unia, além do fato da sociedade existente entre elas. Se um dia eles souberam, procurarei saber e lhes conto, por enquanto elas continuam sócias no atelier, no sexo e na vida.
Todos se acostumam com a saída de Mria Rosa e não questionam nada. Quando do enterro da mae deles ela chega com Catarina, seu pai lhe diz que ela pode voltar para casa, mas ela diz que não volta, que ja está muito acostumada a morar com a Catarina e que não valia a pena retornar. O pai, desgastado com a doença da esposa, nem discute, aceita com normalidade a negativa da filha, que já estava há cinco anos ou mais fora de casa.
As duas continuam discretas, ninguém percebe o que existia entre as duas, todos achavam que era assim uma grande amizade que as unia, além do fato da sociedade existente entre elas. Se um dia eles souberam, procurarei saber e lhes conto, por enquanto elas continuam sócias no atelier, no sexo e na vida.
“Qualquer semelhança é uma mera
coincidência”!
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