segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

E" Espanha" sacaneando até em sonho


Hoje, dia 20 de dezembro, talvez pela proximidade do aniversário dele, sonhei com meu pai; um sonho estranho, diferente, para as bandas do esquisito.
 Estava eu em um lugar diferente dos que conheço ou costumo estar, com certeza um centro comunitário, um salão de um clube, uma sala de reuniões: não sei mesmo o que era: móveis antigos decoravam o local, que tinha uma mesa bem grande. O ambiente era escuro, havia alguma tonalidade de vermelho naquele ambiente, mas não consigo identificar o motivo, talvez as cortinas de um veludo muito pesado e escuro, fazia com que o ambiente ganhasse aquela tonalidade.
 Bom, estávamos eu, um senhor que identifiquei como sendo o José Russo e uma senhora, mais para jovem de que para senhora mesmo. A moça estava com uma espécie de agenda preta na mão. Ela abre a agenda e me pareceu que havia na capa daquela agenda preta, na aba lateral da direta, um auto falante, aquele negócio que parece uma tela cheia de furinhos por onde sai o som. O tamanho deste aparelhinho que era colado na aba lateral da agenda era o mesmo da própria agenda.  A senhora liga o dispositivo e entra a voz de uma mulher, que falava espanhol com o mesmo sotaque do meu pai(galego) acentuando os “x” e os “se”. Era como se fosse uma rádio comunitária, na qual se dava in formações de uma comunidade específica.
Em dado momento a voz fala: Lamentamos informar o falecimento de um galego que trabalhava na padaria Nova Paris, ali, pelos lados do Taboão e Pelourinho. De imediato identifiquei que estavam falando de meu pai. Comecei a me emocionar muito, porque a voz continuava falando dele, e, de repente alguém diz: ele vai falar, e ouço em alto e bom som a voz de meu pai, agradecendo, pasmem!  Àqueles que foram ao enterro dele. Choro muito, me emocionei bastante, e ouço Jose Carlos dizer-me: “Eu não queria que lhe mostrassem isto, sabia como ias ficar”.  Sim me emociono muito e senhora desliga o que   chamo de rádio, e vai para uma outra ala da sala, era como se fosse uma janela grande separando a sala de um outro espaço. Ela começa a passar roupa, acho eu, e eu me dirijo até ela e pergunto: O que significa tudo isto? O que vocês estão querendo? O que está acontecendo?  E ela sem parar o que estava fazendo, diz que ela tem dois irmãos, o Dartanhazinho e o Amazoninhas. Acho estranhos os dois nomes, mas deixo ela continuar, até porque não conseguia entender muito bem o motivo de tudo aquilo. Bem eles são filhos de uma negra, minha mãe e por isso mesmo ficamos todos calados até agora, mas não posso continuar com este silêncio. Os dois são filhos do Espanha, um tem 25 anos e o outro 20. Fico atônita.
Quando meu pai faleceu, salvo engano, o meu filho tinha seis anos, hoje ele tem 45, assim estas pessoas não poderiam ser meus irmãos de maneira alguma, a não ser que o Espanha fez filho no plano espiritual
A mulher olha para mim com uma cara de bicho, eu dou as costas e saio com o Senhor José Carlos me acompanhando.
De repente ´estou em outro ambiente, embora no mesmo prédio, onde há duas moças que estão sentadas no chão, em cima de um tapete e trabalham com alguma coisa. Vou em direção a elas e vejo que elas trabalham com coisas bem pequeninas.
Pergunto que tipo de coisa era aquela: vejo panelinhas pequeninas, frigideiras, etc., etc., tudo em um material que me parecia de alumínio. Viro-me para uma delas e pergunto o que ela faz, ela diz que é doutora em manquitaria. Mquiteria! O que é isto? É esta arte, a de trabalhar com este material e produzir miniaturas.
Enquanto falo com uma das moças, a outra levanta e volta trazendo uma caixinha retangular cheia de forminhas que ficavam arrumadíssimas dentro da caixa. Ela me diz que faz todas aquelas miniaturas a partir daquelas forminhas e do material que está em outra caixa.
Fico fascinada por aquilo e pergunto se elas dão curso daquilo, aliás digo-lhes que sempre quis fazer aquele tipo de trabalho.
Uma delas, que primeiro me mostrou as pecinhas me diz que ela pode dar o curso, mas que é muito difícil e demorado.
Digo-lhe que não há problema e que quero e vou fazê-lo.
Acordo, fico     querendo decifrar este sonho, que começa com meu pai e termina com uma possibilidade de adquirir mais um conhecimento, ou para alguns, uma habilidade a desenvolver.
Como sempre, meu pai pregando mais uma peça, como era de seu costume, adorava sacanear os outros, e, quase, mesmo em sonho, conseguiu em relação a mim, pois imagine, a esta altura do campeonato, saber que meu pai teve ou tinha mais dois filhos. Eh Espanha, não precisava me pregar esta peça para me lembrar, do que não esqueço, que o seu aniversario  hoje, dia em que escrevo este texto, que não e o mesmo do dia do sonho, e também para me dizer que você sabe de tudo o que está acontecendo por aqui, o meu acompanhante  na jornada do sonho prova isto. Por outro lado, também entendi a mensagem, o seu agradecimento, e pedi a sua filha Letícia que encomende uma missa na Igreja em que o senhor casou -se com Dona Yvone, que deve estar aí ao seu lado, rindo da peça que você tentou me pregar. Sejam felizes e saibam que lembramos de vocês, sempre. Aqui todos bem, na medida do possível, família crescendo Um beijão.  


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