Mostrando postagens com marcador sensualidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sensualidade. Mostrar todas as postagens

sábado, 13 de maio de 2023

ASÍ FUE III


Rapaz! A mulher estava doida mesmo, agora ela vibrava mais de que a amiga. Realmente conhecer alguém de Portugal, aliás, conhecer um homem que vive em Portugal, com todas as características que a sua amiga informa que aquele distinto senhor tem, era demais, a sua amiga tirara na loteria sem o saber. Não que os homens portugueses não sejam bons, honestos, etc. etc., mas as qualidades encontradas naquele especifico da minha amiga era muito difícil.

O homem que com os seus 62 anos não era amargurado, tinha um bom trabalho, gostava das coisas portuguesas, como se fora um, lembrem-se que era espanhol e vivia há muito em Portugal, o fato de ser espanhol e viver em Portugal relacionava-se com a instituição em que trabalhava, que era espanhola, por isto viera para Lisboa, de onde não mais saiu e assimilou toda a cultura portuguesa confundindo-se com ela.

O fato é que, no fundo no fundo ela estava mesmo era com inveja da amiga, que achara esta preciosidade, quanto mais inacreditável, pela internet, e tudo isto por causa do vestido branco que postara em sua face.

Agora estava aguardando, mais uma vez que a amiga falasse com ela, talvez estivesse vivendo este romance por tabela, e ficava mesmo ansiosa para saber o que acontecera naquele dia, era um tal de olhar o celular a toda hora para ver se havia alguma novidade,

Bom o dia se passara sem qualquer novidade, sem qualquer mensagem.

Porra o que você quer mulher? Você está doida? O homem e é da sua amiga e não seu, portanto para que tamanha ansiedade?

Mas fazer o que, ela estava assim e pronto, queria viver por tabela aquilo e não conseguia mesmo esconder a ansiedade.

Finalmente, às 20;00: - Ei você está aí.

-Estou sim,

- Amiga estou no céu, acabo de ter uma conversa com o Francisco e cada dia que o conheço mais um pouco me apaixono, aliás disse-lhe hoje isto> Cuidado! Eu estou a me apaixonar por você.

- Não disseste isto!

-Disse sim, pois se estou mesmo, tu me conheces e sabes que sou verdadeira a este ponto, 

-Não te entregues assim mulher, deixe o tempo passar mais um pouco

- Não, não vou deixar o tempo passar não, na nossa idade, minha e dele, não podemos deixar para depois o que pode ser feito e dito hoje.

-Lembre-se que vocês estão apenas iniciando uma coisa eu pode não dar em nada e não é preciso esta entrega tão grande logo no inicio

- Já te disse uma vez e vou repetir: Se continuas assim não te falo mais nada.

- Ok calo-me, mas diga-me lá, o que este homem fez ou disse hoje para aumentar tanto esta paixão de três dias.

-Hoje falamos de planos para quando chegar em Lisboa

- Como é que é? Vocês já estão fazendo planos de estarem juntos em Lisboa?

- Claro, podes não acreditar, mas o que está me acontecendo não é nenhuma brincadeira amiga, hoje nós descobrimos que já nos conhecemos há muito, é muita coincidência, muitas afinidades, parece-me que estou aqui porque precisei mesmo estar, mas eu e ele já nos conhecíamos antes desta volta necessária. Disse-lhe hoje isto.

E ele disse que sente mesma coisa, que há uma afinidade tão grande entre nós, que é como se estivéssemos juntos desde sempre.

-“Desde sempre”, gosto muito desta expressão, me faz retornar mesmo à Lisboa, eles falam muito isto para dar ênfase a muito tempo.

-Pois amiga, o homem e afinal assimilou toda a maneira de falar e viver em Portugal, e você sabe que eu achava engraçado quando o Zé dizia “ já agora” e aí falava outro assunto no meio da conversa. Eu gostava muito

- Oh mulher, estamos falando do “espanhol” não mais do alentejano, estou curiosa e você vem com divagações, já agora, vamos ao assunto principal, quer dizer que vocês já estão fazendo planos de se encontrarem em Lisboa.

-Sim estamos e isto vai acontecer em breve, eu sinto isto, até porque não dá para ficar só virtualmente quando se tem a nossa idade e a tesão que temos um  para com o outro.

- Tesão? Mulher o que você anda fazendo? Como você sabe deste tesão.

Como? Você parece boba, então quando você se apaixona você não tem vontade de ter o outro inteiro? Você não idealiza o toque, o sexo como será, etc. etc.?

-Olhe eu não sei, os meus amores sempre foram presenciais, eu não tive esta oportunidade ainda, aliás, nem sei se quero.

- Pois tenha a certeza que isto é possível, real, e o seu corpo realmente reage.

Com esta resposta a minha preocupação com a minha amiga aumentou muito, eu sabia que há muito que ela não tinha relacionamento com ninguém, e também tinha a consciência de que as exigências iriam aumentando à proporção que o tempo passava, que a confiança fosse crescendo.

-- Sabe o que aconteceu hoje? Acordei com “ Bom dia tesão lindo” Pense aí, tesão lindo, duas qualidades em um só momento. Adorei. 

--É este homem  sabe agradar uma mulher.

-Sabes que este tesão lindo me lembrou? O Virgílio

-Por que o Virgílio?

-Porque uma vez ele ligou para mim pela madrugada e me disse que, estava pensando em mim, e parecia que a coberta está no ar. Adorei aquela figuração, e senti mesmo a tesão que o cidadão estava e tudo isto, segundo ele, por causa de mim, ri muito tanto naquela époica, quanto agora.

-Sim, e o tesão lindo continuou em que?

-Amiga, não nego não, fiquei mesmo com um tesão da zorra, de há muito que não ouço nada parecido, ainda que seja lendo, e fiquei me imaginando junto a este homem e o que poderíamos estar fazendo exatamente naquele momento.

- Disseste isto a ele?

-Claro que não, não sei como ele receberia isto?

-É acho que fizeste o melhor, é muito cedo, ao menos para você, porque quanto a ele, pode ser que esteja procurando exatamente isto, sexo virtual que anda muito na moda ultimamente,

- Porra, será? Não acredito, e ainda que possa ter sido esta a primeira intenção dele, as nossas conversas tomaram rumo diverso e creio que estamos mesmo interessados um no outro.

-Sobre o que falaram desta vez, por que se não há esta coisa de sexo virtual o que falaram?

- Falamos de mais coisas de Lisboa, de bons restaurantes, de bons vinhos, ele disse-me que gosta de vinho e que a Pera Manca é muito cara, mas que a Cartuxa sempre tem em casa. Falou-me que não gosta da baixa, que a baixa agora está tomada pelos turistas e que os restaurantes de lá fazem comida para turista.

-Verdade, nem a Merendinha do arco ele salvou? Nemo Zé da Mouraria?

- Não, disse-me que não gosta, ele vai nos restaurantes do seu bairro, que ele adora por sinal, dizendo que ali ele acha tudo, que é um bairro muito bom etc. etc. Também disse que agora inauguraram uma cervejaria lá em Alvalade, uma Portugália, onde vai algumas vezes quando tem pachorra, kkkkkkkk.

Pensei comigo mesmo, este cara assimilou mesmo a cultura portuguesa e barrista dos antigos de Lisboa, acham e, aliás, com razão, que Lisboa foi invadida por turistas e que o centro já não vale a pena para eles, que querem ficar com as suas tradições que estão a cada dia sendo desvirtuadas para que se alcance mais o gosto do estrangeiro. Fiquei muito interessada em saber mais sobre este homem que já começava a me encantar também, embora eu estivesse ainda com o pé atrás

- Hei você ainda está aí?

-Sim estou,

-Olha o que ele disse-me quando mandei uma foto com aquele vestido preto, aquele que te mandei ontem pelo WhatsApp

“Uiiii, olha só como o teu corpo quer fugir do vestido, uii. EXACTAMENTE ... Já viste como tudo fica realçado. A respirar sensualidade por todos os poros??? QUERO sair ASSIM”

-Uau, amiga este cara está num tesão da porra por você, e é sútil, mas diz o que quer.

-Pois amiga, com esta eu vou dormir e sonhar com o meu Francisco a dizer coisas boas no meu ouvido e fazer bem ao meu corpo kkkkkkkk

-Boa noite

Desliguei o telefone pois já era tarde mesmo, e fiquei a pensar: Como seria este homem? Qual a cara que tem? Será que ele estava mesmo falando a verdade sobre tudo o que minha amiga falara? Será que ele só estava esperando o momento de revelar o que procurava na internet? Uma coisa é certa, em algum momento ele falaria abertamente de sexo, tinha dado os primeiros passos com o comentário sobre o vestido preto, mas não nego não, eu queria mesmo que este comentário tivesse sido feito sobre e para  mim...

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Comer, Rezar, Amar: tudo de bom!


Assistiu ao filme “Comer Rezar e Amar”. O filme nada tem de glamoroso, mas é uma estória de amor daquelas americanas com o final feliz que enche as vistas. Primeiramente os atores já levam 70%, ou mais, dos espectadores ao delírio, Julia Roberts e o “homaço” espanhol Javier Barden: ah como queria ela hablar bien español e decir in suyo oído com aquela sensualidade espanhola:  "Javier  te quiero, dejame amarte, estoy lista”. “PUERRA” isto é que era bom. Les gustou o “puerra”? Pensa que  poderia  dizer  “hijo de una puta madre”, pero es mejor puerra, pois os leitores saberão de que ela fala, perfeitamente.  Bueno, mas voltemos ao filme.  Há muitas partes engraçadas nele, mui principalmente a fome selvagem que a protagonista tem, a ponto de um dos aventureiros  lhe chamar de  “grocery”. 
O começo pelas ruas da Itália é qualquer coisa de maravilhoso, tem muitas saudades, até mesmo do hotel “SMERALDO” em que, além de ter a presença de uma amiga no quarto, nada conveniente, uma vez que estava com o seu marido e queria fazer um amorzinho à italiana, o que foi impedido pela presença querida, mas incomoda da amiga que vivia na Itália, o quarto ficava no final do corredor, o hotel, reservado pela amiga, que com toda a boa vontade, e sabendo das dificuldades de outrora, fez a reserva num hotel bem barato, mas que era tipo um albergue: muitos quartos em cada andar, com um banheiro coletivo, no final do corredor. Triste escolha, pois apesar de estarem instalados num quarto com banheiro privado, este ficava exatamente ao lado do banheiro coletivo, resultado: nada de dormir com as idas e vindas dos demais hóspedes à casa de banho, sem contar com os gritos de “amor” do casal homossexual que estava no quarto ao lado. Final: uma péssima noite e um mau humor insuportável no dia seguinte, compensado, entretanto, pelo passeio em Roma, com direito a subida nas escadarias da Piazza di Espagna (pensa que é assim), Piazza Navona, Campi de Fiori, dentre outros, e finalmente, a “Via Appia”, para onde foram quando encontraram um hotel familiar, pequenino, mas com quartos decentes, com um único defeito: os donos não pareciam gostar que os hóspedes tomassem muitos banhos, tanto que desligaram, diversas vezes, o aquecedor, fazendo com que, ela e o marido, acostumados a banhos em várias horas do dia, tomassem banho frio na madrugada fria.
Sim, o filme fez com que ela divagasse, voltasse àquele tempo que nunca mais voltará, poderá, o que certamente ocorrerá dentro em breve, voltar à Roma, mas não será nunca a mesma coisa, até porque, o companheiro da época já não é tão companheiro assim para fazer uma viagem a dois. Hoje, certamente, não aceitaria uma intrusa, por mais amiga que fosse no quarto do casal.
Volta ao filme exatamente no momento em que a atriz conhece o espanhol. Puta que pariu! O homem é mesmo a sensualidade em pessoa, o olhar, o corpo, as mãos, a boca, o riso safado. Tudo nele lembra-lhe alguém que há muito desapareceu, até mesmo a nacionalidade. E pergunta-se, porque a Penélope Cruz esperou tanto? E ela lembra que viu um filme há séculos atrás com os dois, o nome do filme era “Jámon, Jámon”, ela era bem menina ainda, mas ele, embora mais jovem, tinha a mesma sensualidade atual.
Vai se interessando pelo filme mesmo, a vontade de ver os dois protagonistas juntos lhe deixava excitada. Ficava imaginando como seria a cena de amor entre os dois, os olhos deles faiscavam quando se encontravam, mas ela tinha medo e a coisa ia sendo adiada, até que finalmente acontece, uma cena maravilhosa.
Todavia o filme não acaba aí, e a estória dos dois se prolonga, e ela vê a cena em que a mulher vai até uma curandeira para dizer que está com medo, que ela fez tanto amor que esta com algum problema vaginal, está ardendo. Neste exato momento a ficha cai, e ela sai dali e volta no tempo. Lembra que depois de muito tempo sem ter um homem, finalmente conhece alguém com quem vale a pena ter, ao menos, uma “relação sexual” e ela vai em frente.  Se sente linda, pois já estava entregando os pontos, pensava que ninguém mais olharia para ela, que ela jamais despertaria o desejo ou a atenção de alguém. Ledo Engano! Ela não só despertara a atenção como o desejo, talvez o seu próprio refletido no outro, mas a coisa andou bem. Demorou um pouco para que ela aceitasse o fato de que precisava ir para a cama com alguém, ela estava assustada e com medo, afinal já se passara muitos anos e ela achava que não saberia se comportar diante de outro homem: perdera a naturalidade nos atos.
O fato é que o desejo demonstrado pelo “senhor - rapaz”, que era mais novo que ela, lhe contagiou, e ela se viu andando de mãos dadas pelas ruas, sendo beijada em lugares públicos, embora não gostasse muito disto, tendo o seu corpo acariciado furtivamente, os cabelos cheirados. Era mesmo uma grande e agradável novidade. Sentir o tesão de um homem ao dançar é um dos melhores momentos para uma mulher, isto quando ela tem algum envolvimento com o par, pois não é com qualquer um que a pessoa pode se dar a este direito, mas com ele não, ele era diferente, ela bem o sabia.
O tesão dele teve que aguardar um pouco, o dela também, afinal não podia ser assim, tudo tão rápido. E a coisa foi crescendo, agora até uma pegada na mão já era motivo para um arrepio, o beijo molhado, sua língua sendo sugada deixavam-na completamente alucinada e ela sabia que não podia demorar mais. E aconteceu, num daqueles dias despretensiosos em que se acha que nada vai acontecer, depois de algumas visitas às Igrejas famosas, de um belo almoço, de uns copos a mais e de uma dançada no “privado” e, sem muitas palavras, ela foi para a casa dele, era como se aquilo fosse a coisa mais natural possível, e foi efetivamente: o que não foi nada natural foi o seu sangramento, dir-se-ia que ela era virgem, caso não soubesse o parceiro da existência de filhos. Pois não é que sangrou mesmo! E não só, também ficou incomodada por alguns dias; não que o cidadão fosse grosseiro ou avantajado, ou qualquer coisa, o problema era ela, que  se deixou atrofiar, achando que com isto poderia estar se preservando, se guardando não sabe bem para que.
É, mas o sangramento parou, as dores desapareceram e o amor foi feito, muitas vezes, em um lugar do mundo, que não precisa ser definido, apenas lembrado por quem interessa.  Não conseguiu nenhum Javier Barden, mas teve o seu “Adônis”, perfeito exemplar da sensualidade num corpo musculado de menino-homem. E salve a bebida, a oração, a comida (em todas as suas variantes) e ao amor.  Vivas à liberdade!!!!