segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O que dizer?

O dia vai terminando! Estou aqui na minha varanda; acabei de ouvir uma faixa do CD de Seu Jorge onde ele fala de uma moça, suponho, que vai ao salão, vai às compras, ginástica, etc. para concluir que ela é uma burguesinha.
Acho engraçado: todos nós lutamos muito para conseguir melhorar a vida, e aí vamos incluir a nossa cultura, o nosso modus vivendi e tantas outras coisas, como por exemplo, cuidar da estética, seja porque se é feio mesmo, seja porque se é vaidoso, seja porque se quer melhorar algum detalhe do corpo, do rosto, enfim, todas as pessoas têm sonhos e alguns dependem de dinheiro para que se materializem.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Qualquer coincidência não será apenas uma semelhança

Zafira acordara tensa, não sabia bem o motivo, mas  estava ansiosa. Não tinha passado bem a noite, não que estivesse sentindo alguma coisa, mas  sonhara muito, sonhos estranhos envolvendo muita gente de um passado, que se não queria esquecer, também não queria lembrar. Sonhou com o ex sogro e, em consequência, com a velha casa da Fazenda Jaboatão, onde fora recebida, ou melhor, onde teve a sua presença imposta por motivos  imperiosos.
O que estaria acontecendo?  Perguntava-se ao levantar da cama.  Ao seu lado a presença de sempre, que apesar da ausência  do ser, se fazia presente no estar.
Levantou-se e foi vestir a roupa da caminhada: se deu conta de que sempre vestia a mesma roupa, deu risada  e imaginou o pensamento daqueles que sempre a cumprimentavam pela manhã  nas suas andanças pela orla. “Será que esta mulher só tem esta roupa?”  Sorriu, era assim  mesmo, agora ela também se perguntava: `Porra você só tem esta roupa? Era capaz de lavar a blusa e usar exatamente a mesma no outro dia.